sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

A MOTIVAÇÃO NO CONTEXTO GLOBALIZADO

Quando falamos em motivação, logo nos vêm ao pensamento ações ou atitudes próprias ou de terceiros, que nos encaminham à autorrealização de uma necessidade ou desejo. Como exaltou Maslow, a motivação está diretamente relacionada com a satisfação das necessidades humanas, e essas podem ser: fisiológicas, pessoais, sociais, etc. e, são dependentes umas das outras, ou seja, a medida que o indivíduo consegue satisfazer uma necessidade básica, automaticamente ele se interessa, e começa a concentrar seus esforços para a satisfação de outra necessidade.

Segundo Bergamini (1997) a motivação é como uma força propulsora que leva o indivíduo a satisfazer suas necessidades e desejos; uma energia interna, algo que vem de dentro do indivíduo, fazendo com que este se coloque em ação. A motivação no trabalho leva os recursos humanos, além de buscarem satisfações pessoais, a realizarem os objetivos da organização.

É importante ressaltar, que a mutação não é um fator fácil de ser desenvolvido pela organização, uma vez que existem fatores que independem da atuação da empresa para que o funcionário desenvolva esse senso de automotivação. Como foi dito ao longo das postagens deste blog, é importante que as organizações conheçam bem seus funcionários, e através disso, desenvolvam programas que atendam à todos os perfis de personalidade existentes, buscando melhorar a relação do indivíduo com o ambiente de trabalho.

Necessita-se também, a manutenção e adaptação desses programas, juntamente com um monitoramento contínuo do processo de desenvolvimento desses funcionários. A motivação é um fator mutável que pode transformar-se de acordo com o tempo, e a situação em que o indivíduo se encontra na sociedade. Fatores motivacionais que são eficazes hoje, não necessariamente podem surtir efeito nesse indivíduo amanhã, pois as pessoas têm personalidades que são constantemente modificadas ao logo das experiências que enfrentam em sua vida.

Com a globalização, as empresas passaram a ser cada vez mais competitivas, e se viram na necessidade de estar atualizando constantemente seus processos, devido à acelerada mudança em que os fatos ocorrem. Organizações que não estão alinhadas com as novas formas de comunicação, tecnologia, processos, e gestão, estão destinadas ao fracasso. A competitividade e a lucratividade das empresas, não dependem somente da capacidade produtiva, das máquinas e tecnologias que são utilizadas nos processos produtivos da organização, mas sim pelas pessoas que desempenham suas atividades dentro da empresa.

Com isso, verifica-se a necessidade dos gestores em concentrar seus esforços na contratação de funcionários que sejam cada vez mais eficientes, e consigam desenvolver seu potencial de acordo com a demanda do mercado e a necessidade da empresa. Sendo assim, é necessário que a organização possua um líder bem estruturado, que contribua no processo de desenvolvimento da motivação dos funcionários. Segundo Robbins (2002) a liderança pode ser considerada como um processo de influência, geralmente de uma pessoa, através do qual um indivíduo ou grupo é orientado para o estabelecimento e atingimento de metas. Percebemos o quão importante é o papel do líder dentro dos processos estruturais de uma organização, e formação de uma equipe motivada.


As instituições que estão atualizadas e alinhadas com as novas e mutáveis propostas do mercado em que vivemos, perceberam que investir em funcionários é a forma mais eficaz para alcançar os resultados almejados. Uma vez que a organização depende diretamente do comportamento dos seus funcionários, é de suma importância que haja um treinamento constante dessas pessoas, tornando-as preparadas e motivadas para a constante realização de suas atividades, gerando assim resultados satisfatórios para ambas as partes.

Emerson Vítor de Jesus
São João Del-Rei       04/12/2015

10 razões para se manter motivado no trabalho

Quando o assunto em pauta é motivação corporativa, muitos profissionais reportam seus pensamentos, quase que automaticamente, aos processos ou aos programas que são implementados pelas empresas em que atuam. A motivação também parte de dentro para fora de cada pessoa e se isso não ocorre, não adianta ficar frente a frente com pacotes de benefícios atraentes, salários acima da média e programas de qualidade de vida. Todas essas ações parecerão inúteis e sem valor algum, caso a própria pessoa não busque a automotivação.

Abaixo seguem algumas sugestões para fazer uma autocrítica às suas ações e buscar alternativas simples que podem ser adotadas diariamente, mas que podem auxiliar a qualquer pessoa a se sentir mais "leve", inclusive no ambiente de trabalho.

1 - Não veja a noite do domingo como se fosse uma contagem regressiva para enfrentar um verdadeiro calvário. Inúmeras são as pessoas que ao verem o início do Fantástico começam a ficar estressadas porque na manhã seguinte terá que iniciar mais uma semana de trabalho. Mentalize o que você fez de bom no final de semana: os momentos com a família, as conversas com os amigos ou mesmo lembre a cena de uma comédia que assistiu e lhe garantiu muitas risadas.

2 - Começa a jornada de ida ao trabalho e milhões de trabalhadores enfrentam trânsitos caóticos. Quem está no seu carro pode optar por ouvir uma música relaxante no percurso até chegar à empresa. Para os que dependem de coletivos, sempre é possível fazer amizades com quem está ao seu lado e quase que diariamente pega a mesma condução naquele horário. Isso pode render uma conversa descontraída e deixá-lo de bom humor para "enfrentar" um dia de trabalho cansativo.

3 - A correria do dia a dia faz com que a maioria das pessoas sinta-se no automático. Isso faz com que se faça o mesmo percurso e já torne a ida ao trabalho uma verdadeira chatice. Tendo oportunidade, vez ou outra, faça um trajeto diferente. Caso possa ver o mar ou mesmo um parque até chegar ao trabalho, você verá o quanto deixa de observar detalhes agradáveis como crianças indo à escola, pássaros que cantam e esperam apenas seu olhar para admirá-los, e até mesmo pontos turísticos de sua cidade que você nunca parou para ver os detalhes.

4 - Chegou à empresa? Ótimo, afinal teoricamente você está ali para cumprir suas atividades e sua remuneração que garante a sua sobrevivência, dependerá disso. Se você recebe por aquilo que faz, então, tem seu valor. Essa já é uma razão para se sentir motivado em exercer sua profissão. Diga a si próprio: "Eu tenho meu valor".

5 - Pesquisas revelam que as primeiras horas do expediente da "segundona" registram o maior índice de enfartos no ambiente de trabalho. Isso porque as pessoas sentem um impacto forte ao voltarem à empresa e verem as responsabilidades e as cobranças que serão feitas ao longo do dia e da semana que se apenas começou. Vale um lembrete: priorize o que realmente é urgente e realize suas atividades com moderação. Nada vale mais do que sua saúde.

6 - Já na empresa, a correria começa. Mas, uma organização não é feita apenas de máquinas ou números. O local onde você trabalho possui pessoas como você: com sonhos, com necessidades específicas e que fazem parte da sua vida. Afinal, você passa boa parte da sua vida ao lado dos seus pares. Aproveite os momentos do cafezinho, do almoço para estar ao lado das pessoas que mais se identifica e cinco minutos de uma conversa que não envolva assuntos relacionados ao trabalho, podem aliviar as tensões diárias.

7 - Se seu gestor está em um dia agitado, leve até ele apenas questões urgentes e que não podem ser resolvidas por você. Tome a iniciativa de solucionar questões que lhe são familiares. Isso agregará um diferencial à sua performance.

8 - Quem busca a auto-motivação procura ir ao encontro de energias "positivas". Evite, então, contaminar-se pelo pensamento das pessoas que sofrem a chamada Síndrome de Hardy - aquela hiena do desenho animado, que se lamenta a cada segundo e diz repedidas vezes a tradicional frase: "Ó vida, ó azar". O pessimismo é contagiante se não estamos alertas e nos defendemos dele.

9 - Auto-motivação exige que o profissional tenha iniciativas próprias e não fique de braços cruzados, esperando que a empresa ofereça estímulos diários. Se você escolheu uma profissão, mantenha-se atualizado com o que ocorre na sua área. Assim, o profissional torna-se um diferencial não apenas para a organização que atua, mas também para si mesmo. Afinal, que busca informações e está em constante processo de evolução aumenta suas chances de empregabilidade em um mercado cada vez mais exigente.

10 - Geralmente, quando as pessoas ficam frente a frente com novos desafios é normal que sintam receio. Isso ocorre em qualquer área de atuação e profissionais das mais variadas faixas etárias. Desafios surgem para servem vencidos e mesmo que você cometa erros, aprenderá algo. Lembre-se que as dificuldades sempre aparecerão no seu caminho, mas nada como um dia após o outro para ir ao encontro de conquistas. Lembro-me de um antigo ditado que ouvia quando criança: "Quem tem tu, é tu mesmo!". Ou seja, só você pode dar um rumo melhor à sua vida, seja no campo profissional ou pessoal.

Motivação no local de trabalho beneficia empresas e funcionários

Essa reportagem do site G1 exemplifica as vantagens que as organizações obtêm, ao criarem programas de motivação dos funcionários. A empresária Gláucia Guerra afirma que investir no profissional é investir na empresa. "Quando a gente opta em investir no colaborador, a gente está investindo na empresa como um todo. Um colaborador bem treinado, com crescimento pessoal e profissional, atende melhor o cliente e trabalha mais satisfeito. Então tudo isso faz com que a empresa tenha resultados financeiros e lucros."

Quando os funcionários usufruem de benefícios que a empresa fornece aos mesmos, “o bom humor melhora, as pessoas dão uma descontraída e liberam endorfina, fazendo com que cheguem mais tranquilas e com foco no trabalho”, conta a gerente de talentos. Até mesmo na hora da seleção dos funcionários, o cuidado com a motivação é levado em conta. Pequenas empresas também sentem necessidade de investir na motivação. Outra garantia de retono é o incentivo à qualificação profissional.


Segue abaixo o link da reportagem:

<http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2011/06/motivacao-no-local-de-trabalho-beneficia-empresas-e-funcionarios.html>

CLIMA E MOTIVAÇÃO EM UMA EMPRESA ESTATAL

Os estudos da área comportamental na empresa são difíceis e, por isso mesmo, pouco frequentes. As variáveis que interferem no comportamento humano são múltiplas, difíceis de medir e, além disso, mutantes. O administrador, no entanto, não pode ignorá-las, já que estão presentes no processo empresarial. Como bem dizem lawrence e Lorsch (1972, p. 76):
"O comportamento da pessoa, numa situação organizacional particular é não apenas uma função das características do seu sistema individual, mas é também o resultado dos problemas e desafios que ele percebe no ambiente organizacional. A natureza destes desafios é afetada não apenas pelo que o sistema individual percebe, mas também pela realidade dos problemas que a organização fornece."

Estudos de clima são particularmente úteis, porque fornecem um diagnóstico geral da empresa, bem como indicações de áreas carentes de uma atenção especial. Não basta "sentir" que o clima está mau, é preciso identificar onde, por que e como agir para melhorá-lo. "Clima organizacional são os traços percebidos dos estímulos organizacionais que se tomam uma propriedade do grupo, através das interações interpessoais e que modificam o comportamento aberto dentro da organiza- ÇIo" (Taylor & Bowers, 197.0).

Embora uma organização revele um clima geral característico (no presente caso, dominando o motivo de realização), observam-se diferenças na percepção desse clima, em unidades de serviço e níveis hierárquicos. Essas diferenças parecem ser atribuíveis à natureza das tarefas desempenhadas. Funções e trabalhos mais ambíguos baixam a percepção do clima organizacional. A organização atrai e seleciona pessoas com motivação afinada à sua cultura. Trabalhos de precisão requerem pessoas meticulosas. Dessa forma, se reforçam os padrões culturais e se generalizam as percepções de clima.


Referência:
SOUZA, E. L. P. de.; Clima e motivação em uma empresa estatal.; Revista de Administração de Empresas; Rio de Janeiro; 1982

O PROCESSO DE MOTIVAÇÃO COMO INCENTIVO À INOVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

Este artigo relaciona algumas variáveis que envolvem motivação dos indivíduos nos locais de trabalho, juntamente com o incentivo que as organizações oferecem na gestão de inovação de processo e produto. A pesquisa foi desenvolvida em duas empresas do ramo industrial localizadas em Curitiba/PR. Buscou-se propor soluções às empresas nos aspectos de gestão do processo produtivo, capacitação, pesquisa e desenvolvimento e engenharia (P&D&E). O objetivo principal foi verificar a implementação de um modelo de gestão focado no desenvolvimento das capacidades inovativas das organizações pesquisadas, assim como propor soluções alternativas à criação de um ambiente motivacional propício à inovação.

O diagnóstico realizado demonstrou que as duas organizações, ao adotarem sistemas de gestão fortemente inovativos e priorizarem as áreas de capacitação, tecnologia e inovação de forma exógena e endógena, com base em intensivos e permanentes programas de capacitação de seus empregados, poderão almejar tornar-se competitivas em escala global.


O processo de motivação nos indivíduos se dá de forma intrínseca, em que cada um desenvolve impulsos motivacionais distintos em momentos diferentes, reconhecendo que estas forças afetam diretamente a maneira de encarar o trabalho e suas próprias vidas, sendo assim, o planejamento estratégico e levantamentos frequentes de clima organizacional são e devem ser excelentes ferramentas de reorganização empresarial. O que distingue empresas inovadoras das demais é que aquelas valorizam o potencial e o conhecimento sublimado de seus colaboradores, transformando-os em competitividade empresarial e não em custos.

Referência:
VOLPATO, M.; CIMBALISTA, S.; O processo de motivação como incentivo à inovação nas organizações; Rev. FAE, Curitiba, v.5, n.3, p.85-86, set./dez. 2002